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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Encontro com a Dalva Lazaroni

Eu adoro ver a propaganda eleitoral. Muitos não gostam e acham super chato assistir aqueles políticos que nem fizeram nada se recandidatando, ou então novos candidatos inexperientes – ou não – tentando uma vaga na Alerj, Câmara, Governo Estadual ou Federal. Enfim, eu gosto de assistir, e muitas vezes, me acabo de rir.

Nas eleições de 2004, estava eu no sofá da minha sala, e de repente começou a propaganda de uma candidata que se chama Dalva Lazaroni. Achei esse nome forte: Dalva, e Lazaroni então, nem se fala. Comecei á prestar atenção, e fui pesquisar sobre a mesma na internet. Dalva Lazaroni é professora, e autora de mais de trinta livros, entre eles a Biografia da Compositora Chiquinha Gonzaga, que acabou virando minissérie de TV, e sobre Chico Mendes também. É mãe do Deputado Estadual André do PV, Presidente da Comissão de defesa do Meio Ambiente da ALERJ. Vi alguns de seus projetos e decidi votar na Dalva para Vereadora do Rio. Chegou então dia de votar e votei no 43043 – Dalva Lazaroni. No mesmo Domingo á noite veio o resultado e a Dalva não tinha entrado. Fiquei pra morrer, pois não entendi o fato da Doutora Sueli do Prona, que teve bem menos votos que a Dalva entrou e a própria Dalva não tinha entrado. Peguei um endereço de email que estava em um panfleto da Dalva e escrevi, dizendo que estava triste por ela não ter entrado. Para minha surpresa no dia seguinte veio uma resposta, e essa resposta era da própria, agradecendo o carinho, e lamentando também por não ter entrado. Reenviei outra resposta, dizendo que gostava muito dela, e que queria conhecê-la. Novamente, para minha surpresa, me veio outra resposta, ela me mandava então o endereço de seu escritório na Rua senador Dantas no centro do Rio. Imagine como eu fiquei, totalmente contente. Se passaram dois dias e eu fui estudar na biblioteca, chegando lá, eu só pensava numa coisa: ir no escritório da Dalva. Senti um impulso que me dizia: Vai, e eu fui! Peguei o M93, desci na esquina da Senador Dantas e fui procurando o prédio. Me identifiquei, e subi.Estava de frente para a porta, mas uma insegurança ascendia dentro de mim, á ponto de eu pensar que ela não me atenderia. Toquei o interfone, e disse que queria falar com a Dalva. A voz perguntou: “Quem é?”, e eu respondi: “É o amigo dela da Ilha do Governador, o rapaz que fala com ela pela internet; ela me passou o endereço, e disse que eu poderia vir quando quisesse!” A voz sumiu, e voltou dizendo: “Entra!”


Entrei, o escritório era muito chique, sentei-me e esperei. A secretária voltou e disse: “A Dalva pediu para você entrar!” Entrei. Meu Deus quanta emoção, eu estava então diante daquela na qual eu havia confiado em dar o meu voto: Dalva Lazaroni! Lembro-me bem de como estava vestida: um terninho azul marinho, risca de giz com uma blusinha branca por baixo do blaiser e um tênis vermelho. Toda sorridente, ela pediu que eu entrasse em sua sala, pediu também que eu sentasse, e começamos a conversar. Me apresentei, falei que tinha gostado de sua pessoa, e de suas propostas, e novamente reforcei que tinha ficado triste pelo fato dela não ter entrado. Falei que gostava de ler escrever, e ganhei três livros de sua autoria, um sobre Chico Mendes, outros sobre Duque de Caxias, um sobre Cultura. Pedi uma blusa com seu nome. Nessa época, o Rio inteiro aderiu como Moda usar aquela blusa preta com o nome Dalva Lazaroni em colorido na frente. Não posso afirmar que o Rio inteiro usava, mas por onde eu passava, sempre via alguém com essa blusa, então mesmo depois da eleição, porque eu não poderia ter? Ganhei também a blusa, na qual eu tenho até hoje, e gosto de usá-la para fazer caminhada no calçadão da Praia da Bica.


Chegou então á hora de vir embora, e eu, voltei feliz da vida. A felicidade só não foi completa, porque ela não entrou para a Câmara como Vereadora do PV.

Quatro anos se passaram, e Dalva veio como candidata a Vereadora do Rio – novamente – mas por outro partido: O PSB. Achei estranho, mas tudo bem. Estava num dilema pois havia três opções de votos para Vereadores em 2008: Dalva Lazaroni - PSB, Aspásia CamargoPV, e Leandro Malfitano PSC. Leandro é meu amigo, primo do ator Iran Malfitano.


Me vi num beco sem saída, pois essas três opções eram se suma importância para mim, mas apenas um tinha que ir, e qual iria? Chegou então novamente o dia de votar, e lá fui eu. Já estava decidido em quem depositaria a minha confiança em dar meu voto. Cheguei, votei. Resultado, nem Dalva e nem Leandro entraram, que pena. Aspásia entrou, que legal. E em quem será que eu votei? Isso não revelo á ninguém: para mim é como se fosse”segredo do estado”. Mistério.

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